Tumor desmóide: por que muitas vezes não operamos?
- Dr. Luiz Fernando Nunes

- 26 de out.
- 1 min de leitura
O tumor desmóide, também chamado de fibromatose agressiva, é uma neoplasia rara que não apresenta potencial de metástase à distância. Apesar disso, pode crescer localmente de forma agressiva, causando dor, deformidade ou comprometimento funcional.
Durante muito tempo, a conduta padrão foi indicar cirurgia para todos os pacientes. Hoje, essa visão mudou.

Nem sempre a cirurgia é a melhor opção
Estudos mostraram que muitos tumores desmóides podem se estabilizar ou até regredir espontaneamente. Isso significa que a simples observação clínica, com acompanhamento regular, pode ser suficiente em diversos casos.
Quando operar o Tumor desmóide?
A cirurgia é considerada principalmente em situações como:
● Dor persistente e difícil de controlar.
● Risco de comprometimento funcional.
● Compressão de órgãos ou estruturas vitais.
● Progressão significativa apesar da observação.
Mesmo nesses casos, a decisão deve ser tomada em equipe multidisciplinar.
Abordagens alternativas
Além da cirurgia, o manejo do tumor desmóide pode incluir:
● Terapias sistêmicas (anti-hormonais, quimioterapia de baixa dose, terapias-alvo).
● Radioterapia em casos selecionados.
● Abordagem individualizada, sempre priorizando a qualidade de vida.
Conclusão
O tumor desmóide é um exemplo clássico de como a conduta oncológica evolui: hoje sabemos que, muitas vezes, não operar é a melhor opção.A decisão deve sempre equilibrar controle da doença, função e qualidade de vida.
Eu sou o Dr. Luiz Fernando Nunes, cirurgião oncológico. Para conteúdos práticos sobre melanoma, sarcoma e câncer de pele, continue acompanhando este blog e me siga nas redes sociais.







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