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Tumor desmóide: por que muitas vezes não operamos?

O tumor desmóide, também chamado de fibromatose agressiva, é uma neoplasia rara que não apresenta potencial de metástase à distância. Apesar disso, pode crescer localmente de forma agressiva, causando dor, deformidade ou comprometimento funcional.

Durante muito tempo, a conduta padrão foi indicar cirurgia para todos os pacientes. Hoje, essa visão mudou.

Paciente com tumor desmóide sendo avaliada em consulta médica com análise de exames de imagem.

Nem sempre a cirurgia é a melhor opção


Estudos mostraram que muitos tumores desmóides podem se estabilizar ou até regredir espontaneamente. Isso significa que a simples observação clínica, com acompanhamento regular, pode ser suficiente em diversos casos.


Quando operar o Tumor desmóide?


A cirurgia é considerada principalmente em situações como:

●      Dor persistente e difícil de controlar.

●      Risco de comprometimento funcional.

●      Compressão de órgãos ou estruturas vitais.

●      Progressão significativa apesar da observação.

Mesmo nesses casos, a decisão deve ser tomada em equipe multidisciplinar.


Abordagens alternativas


Além da cirurgia, o manejo do tumor desmóide pode incluir:

●      Terapias sistêmicas (anti-hormonais, quimioterapia de baixa dose, terapias-alvo).

●      Radioterapia em casos selecionados.

●      Abordagem individualizada, sempre priorizando a qualidade de vida.


Conclusão


O tumor desmóide é um exemplo clássico de como a conduta oncológica evolui: hoje sabemos que, muitas vezes, não operar é a melhor opção.A decisão deve sempre equilibrar controle da doença, função e qualidade de vida.


Eu sou o Dr. Luiz Fernando Nunes, cirurgião oncológico. Para conteúdos práticos sobre melanoma, sarcoma e câncer de pele, continue acompanhando este blog e me siga nas redes sociais.

 
 
 

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