Neoadjuvância no melanoma com metástase linfonodal: futuro ou realidade?
- Dr. Luiz Fernando Nunes
- há 12 horas
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O melanoma com metástase linfonodal é uma das situações clínicas mais desafiadoras na oncologia cutânea. Tradicionalmente, a conduta inicial nesses casos foi a linfadenectomia, ou seja, a retirada completa dos linfonodos comprometidos.
Mas os avanços da imunoterapia e da terapia-alvo abriram um novo caminho: a neoadjuvância — tratar o paciente antes da cirurgia.

O que é neoadjuvância?
O termo neoadjuvância se refere ao uso de medicamentos oncológicos antes da cirurgia, com o objetivo de:
● Reduzir o volume da doença.
● Facilitar o procedimento cirúrgico.
● Aumentar a chance de controle local e sistêmico.
No melanoma, essa estratégia ganhou força com o sucesso da imunoterapia e da terapia-alvo no cenário metastático.
Evidências atuais
Estudos recentes mostraram que a imunoterapia neoadjuvante pode gerar taxas impressionantes de resposta patológica completa em pacientes com metástase linfonodal de melanoma. Isso significa que, em alguns casos, o tumor desaparece completamente no exame histopatológico após a cirurgia.
Esses resultados sugerem não apenas um benefício cirúrgico, mas também um impacto positivo na sobrevida.
Desafios e limitações da Neoadjuvância no melanoma
Apesar do entusiasmo, a neoadjuvância no melanoma com metástase linfonodal ainda não é rotina. Existem perguntas que precisam de resposta:
● Quais pacientes realmente se beneficiam?
● Qual é a duração ideal do tratamento antes da cirurgia?
● Como manejar possíveis efeitos adversos da imunoterapia nesse contexto?
Até que haja consenso, essa abordagem deve ser considerada em centros de referência e dentro de protocolos bem estabelecidos.
Conclusão
A neoadjuvância no melanoma com metástase linfonodal é uma estratégia promissora e já mostra resultados animadores. Embora ainda não faça parte da rotina, pode se tornar um novo paradigma no futuro próximo.
Eu sou o Dr. Luiz Fernando Nunes, cirurgião oncológico. Para conteúdos práticos sobre melanoma, sarcoma e câncer de pele, continue acompanhando este blog e me siga nas redes sociais.
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