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Câncer de pele não melanoma avançado: quando a cirurgia não é suficiente

O Câncer de pele não melanoma (CPNM) é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo. Ele engloba principalmente dois tumores: o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC). Na maior parte dos casos, ambos podem ser tratados com cirurgia simples e têm bom prognóstico.

No entanto, existe uma parcela de pacientes em que a doença se apresenta de forma avançada, exigindo estratégias além da cirurgia.

Dermatoscopia de lesões de pele para avaliação de câncer de pele não-melanoma.

O que significa CPNM avançado?


Consideramos avançado o câncer de pele não-melanoma que:

●      É muito grande ou localmente invasivo.

●      Recidivou múltiplas vezes, tornando difícil uma nova cirurgia.

●      Já apresenta metástase linfonodal ou à distância.

●      Tem localização em áreas críticas, em que a ressecção seria mutilante.

Nesses cenários, a cirurgia isolada pode não ser suficiente ou mesmo inviável.

 

Opções de tratamento além da cirurgia


Nos últimos anos, houve grandes avanços no manejo do CPNM avançado:

●      Inibidores da via Hedgehog (para CBC avançado): medicamentos orais que atuam no bloqueio de uma via molecular essencial para o crescimento do tumor.

●      Imunoterapia (para CEC avançado): drogas anti-PD1 têm mostrado resultados expressivos, aumentando a sobrevida e trazendo respostas duradouras.

●      Terapia multimodal: combinação de cirurgia, radioterapia e tratamento sistêmico em casos selecionados.


Importância da equipe multidisciplinar na avalição do Câncer de pele não melanoma avançado


O manejo do  Câncer de pele não melanoma avançado deve ser individualizado. Envolve cirurgiões oncológicos, dermatologistas, oncologistas clínicos e radioterapeutas. Essa abordagem integrada permite equilibrar controle da doença, preservação funcional e qualidade de vida.


Conclusão


Embora a maioria dos cânceres de pele não-melanoma tenha tratamento simples, os casos avançados representam um desafio crescente. Reconhecer cedo os critérios de avanço e encaminhar para centros especializados faz toda a diferença no prognóstico.


Eu sou o Dr. Luiz Fernando Nunes, cirurgião oncológico. Para conteúdos práticos sobre melanoma, sarcoma e câncer de pele, continue acompanhando este blog e me siga nas redes sociais.

 
 
 

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