Melanoma acral tem cura?
- Dr. Luiz Fernando Nunes
- há 7 dias
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O melanoma acral é um tipo raro de melanoma que aparece principalmente nas palmas das mãos, plantas dos pés e região subungueal (embaixo das unhas). Apesar de menos frequente que outros tipos de melanoma, é bastante desafiador porque muitas vezes é diagnosticado em estágios mais avançados. Mas afinal, a pergunta que todos fazem: melanoma acral tem cura?

Entendendo o melanoma acral
Esse subtipo não está diretamente relacionado à exposição solar, ao contrário do melanoma cutâneo mais comum. Ele costuma surgir em áreas sujeitas a traumas repetitivos ou pressão — como a sola dos pés. O atraso no diagnóstico é comum, pois muitos pacientes confundem as lesões com micose, verruga, hematoma ou unha encravada.
Prognóstico e chances de cura
A resposta é sim, o melanoma acral pode ter cura, principalmente quando identificado em estágios iniciais. A taxa de cura depende diretamente de fatores como:
● Espessura da lesão (índice de Breslow)
● Presença ou não de ulceração
● Comprometimento de linfonodos
● Metástases à distância
Nos casos em que o diagnóstico é precoce e a cirurgia é realizada com margens adequadas, a chance de controle definitivo é bastante elevada.
Já em estágios avançados, quando o tumor atinge linfonodos ou se espalha para outros órgãos, o tratamento torna-se mais complexo, mas os avanços da imunoterapia e das terapias-alvo mudaram de forma significativa a sobrevida e até possibilitam controle prolongado da doença.
Tratamento do melanoma acral
Cirurgia: é a base do tratamento, visando retirar toda a lesão com margens de segurança.
Biópsia do linfonodo sentinela: pode ser indicada em melanomas mais espessos para avaliar a disseminação.
Imunoterapia e terapia-alvo: opções modernas que oferecem esperança mesmo em casos metastáticos.
A importância do diagnóstico precoce
O maior desafio do melanoma acral é o diagnóstico tardio. Por isso:
● Observe manchas escuras, feridas que não cicatrizam ou alterações em unhas.
● Procure um dermatologista ou cirurgião oncológico diante de qualquer dúvida.
● Lembre-se: quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura.
Conclusão
O melanoma acral pode sim ter cura, mas tudo depende do estágio em que é diagnosticado. O papel do paciente e da família é ficar atento aos sinais; e o do médico, manter sempre em mente esse diagnóstico diferencial. Graças aos avanços científicos, mesmo nos casos avançados há hoje tratamentos capazes de oferecer qualidade e prolongamento de vida.