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BIÓPSIA DO
LINFONODO SENTINELA
O que é a biópsia do linfonodo sentinela?
A biópsia do linfonodo sentinela é um exame cirúrgico que permite avaliar se o melanoma se disseminou para os gânglios linfáticos, antes mesmo que essa disseminação seja detectável clinicamente ou por exames de imagem.
Por que ela é importante?
Ela é considerada o exame padrão ouro na avaliação do estágio inicial do melanoma. O melanoma é um câncer de pele que tem potencial de se disseminar. Quando o tumor atinge uma determinada espessura ou apresenta características de maior risco, pode haver migração de células cancerígenas para os gânglios linfáticos.
Benefícios
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Define com precisão o estágio do melanoma.
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Permite planejar o tratamento de forma mais adequada.
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Evita cirurgias desnecessárias em linfonodos saudáveis.
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Impacta diretamente no prognóstico e nas decisões terapêuticas.
Como funciona?
O procedimento localiza o linfonodo sentinela, que é o primeiro linfonodo para onde as células cancerígenas poderiam migrar a partir do tumor.
Etapas do procedimento:
Mapeamento pré-operatório
Uma substância radioativa é injetada próxima à cicatriz do melanoma, sendo captada pelos gânglios linfáticos. Uma cintilografia identifica o caminho de drenagem linfática e localiza o linfonodo sentinela.
Marcação no centro cirúrgico
Durante a cirurgia, é injetado um corante azul no local da cicatriz. Isso ajuda na identificação visual do linfonodo.
Cirurgia
Com auxílio de um aparelho detector de radiação (probe), o cirurgião localiza e remove o linfonodo sentinela, que geralmente é pequeno (menor que 1 cm) e em número de 1 a 3.
Análise patológica
O linfonodo é cuidadosamente examinado por um patologista especializado. Se houver células de melanoma, o paciente é considerado como tendo doença microscópica linfonodal.
Quando está indicada?
A biópsia do linfonodo sentinela é indicada quando o melanoma apresenta:
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Espessura ≥ 0,8 mm (Breslow), com ou sem ulceração.
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Qualquer espessura, se houver ulceração.
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Melanomas mais finos (< 0,8 mm) podem ser considerados em situações especiais, como alto índice mitótico ou outras características de risco.
Geralmente, é um procedimento de baixa morbidade, realizado com anestesia local e sedação ou anestesia geral leve. Alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte. O paciente retorna às suas atividades habituais em poucos dias, com cuidados simples no local da cirurgia.
Complicações
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Hematoma ou seroma (acúmulo de líquido) no local da cirurgia.
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Infecção local (raro).
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Pequeno risco de linfedema (inchaço), dependendo da localização do linfonodo.
E se o linfonodo vier positivo?
Se for encontrado melanoma no linfonodo sentinela, não é mais indicada a retirada de todos os linfonodos (esvaziamento), como se fazia no passado. O paciente será encaminhado para acompanhamento rigoroso e, na maioria dos casos, considerado para imunoterapia ou terapia-alvo adjuvante, visando reduzir o risco de recidiva.
E se for negativo?
O paciente segue em acompanhamento regular, sem necessidade de tratamentos complementares, além do seguimento clínico e por imagem.
Se você recebeu o diagnóstico de melanoma e precisa de uma avaliação sobre a indicação da biópsia do linfonodo sentinela, agende uma consulta.