A ultrassonografia (US) é um método não invasivo que desempenha um papel fundamental na avaliação pré e pós-operatória dos linfonodos em pacientes com melanoma cutâneo. Sua popularidade se deve à alta disponibilidade, custo reduzido e fácil reprodutibilidade. No entanto, a precisão desse exame está diretamente relacionada à experiência do operador, tornando a habilidade e a expertise clínicas do profissional de saúde um fator crítico na obtenção de resultados confiáveis.
A ultrassonografia é especialmente eficaz na detecção de linfonodos superficiais alterados, sendo uma ferramenta valiosa para o diagnóstico precoce e a caracterização dessas estruturas. Com critérios bem definidos, é possível diferenciar com alta precisão entre doença nodal benigna e maligna. A principal preocupação do diagnóstico por ultrassonografia é a avaliação dos linfonodos aumentados em pacientes com melanoma, uma vez que a presença de metástases linfonodais tem implicações significativas no tratamento e prognóstico.
Comparado à palpação clínica, o exame de ultrassom demonstra uma sensibilidade superior, melhorando em mais de 25% a detecção de alterações nos linfonodos, especialmente após cirurgias na região linfonodal. Para a suspeição de doenças metastáticas, além do tamanho, as características ultrassonográficas dos linfonodos desempenham um papel crítico. Isso inclui a análise da morfologia, estrutura interna, presença do hilo central, córtex nodal e sua relação com as estruturas vizinhas, como vasos sanguíneos. As estruturas hipoecóicas excêntricas também são detalhes importantes que devem ser cuidadosamente observados.
Embora no passado tenha havido sugestões de que a ultrassonografia dos linfonodos regionais poderia fornecer estadiamento e informações de prognóstico tão precisas quanto a biópsia do linfonodo sentinela em pacientes com melanoma cutâneo, estudos recentes mostraram uma sensibilidade relativamente baixa (23%) na detecção de metástases nodais. Portanto, atualmente, a biópsia do linfonodo sentinela permanece como o método mais preciso para estadiar o linfonodo regional em pacientes recém-diagnosticados com melanoma. A combinação de múltiplas ferramentas, incluindo a ultrassonografia, continua sendo essencial para um diagnóstico completo e preciso, garantindo o melhor cuidado possível para os pacientes com essa condição desafiadora.
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